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26 de dezembro de 2011

UM PREFEITO NA SUA MELHOR TRADUÇÃO

          Retirado do Blog do Gerson Severo Dantas
           
          O prefeito Amazonino Mendes (PDT) se apresenta neste final de ano em sua melhor forma. Está, por assim dizer, como um Jon Jones, um Anderson Silva da política, não respeita limites, atropela as palavras e as promessas e ofende a imprensa.
Amazonino é isso e assim construiu 30 anos de carreira quase hegemônica no Estado e em Manaus. Para começar segue firme naquela de não cumprir promessas e fazer coisas que não prometeu. Do alto dessa equação é que ele pedirá absolvição e um novo voto de confiança no próximo ano.
        Só pra lembrar, prometeu mil creches e fechando o terceiro ano de mandato não se tem notícia de que tenha construído alguma. Prometeu carretas de internet para bairros periféricos, mas não entregou uma lan house. Prometeu também usar as carretas para montar gabinetes nos bairros, mas ao que se saiba prefere administrar Manaus de sua casa em AlphaVille, na Ponta Negra. Quanto foi a rua, deu aquele vexame com a senhora paraense. “Tá explicado!!!”. Prometeu um desconto de 20% no IPTU, pagou a promessa, mas agora vem apresentar a conta, que, de quebra, incluirá mais de 180 mil habitantes no rol dos contribuintes do erário. Isso ele não tinha prometido! O mesmo se deu com o turno da fome, que ele prometeu acabar, mas não disse que iria inchar as salas nos turnos tradicionais. Mas assim é Amazonino, e o povo o adora! Basta ele recorrer a velhos truques.
      Tome-se o caso da Ponta Negra: Nas três administrações dele houve algum tipo de obra na Ponta Negra, que hoje será aberta ao público com festa e circunstância. Na primeira ele colocou por lá um Forte Apache, o mesmo que agora equipa a Cidade da Criança. O povo adora brincar de Forte Apache, acredita Amazonino Mendes - sempre na posição de Touro Sentado.  Lembro que na coletiva de imprensa, há dois anos, em que anunciou a construção desse brinquedo exótico, para dizer o mínimo, eu questionei a inconveniência de fazer um Forte Apache na capital do Estado que tem a maior diversidade étnica do País. Amazonino não deu nem tchum! Disse que criança gosta e, portanto, iria fazer. Bem, tá lá, promessa cumprida, mas meus filhos é que não vão brincar numa idiotice dessa, prefiro montar com eles um forte para meus irmãos Waimiris-Atroaris, símbolos da resistência desse povo sofrido e explorado há 500 anos.
        Outro truque é o Leite do Meu Filho. Desde os anos 60 governos encrencados com a opinião pública recorrem a algum tipo de distribuição de leite para crianças. Tudo começou com o programa Aliança Para o Progresso, do governo Norte-Americano, que trouxe para Manaus o “leite cagão”, que de tão forte causava constantes diarréias nas crianças subnutridas deste rincão. Nos anos 80, o então presidente José Sarney criou um programa do Leite igual a esse da prefeitura. Cumprindo o primeiro mandato no Governo do Estado, Amazonino aderiu ao programa e o trouxe para os domínios da Fundação de Assistência Comunitária (Fundac), onde batia ponto o então neófito em política Omar Aziz. Tá explicado!!!
     O prefeito só não vai recorrer a velha distribuição de dinheiro vivo porque Silvio Santos, no quadro “Quem quer dinheiro”, e o PT elevaram essa tática a 18ª potência e ai a prefeitura não tem cofre, mesmo reforçado pelo IPTU mais caro, para bancar a brincadeira.
PS - Ano que vem tem eleição, vamos viver para contar.  

1 comentários:

  1. Leite cagão? Eu hein! Até isso?
    O pior é que o povão tem lembrança curta. Na hora do voto só faz merda. Mas com um leite desses? Esperar o quê?

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