Antes do século XX acreditava-se que a inteligência resumia-se no conceito de tábula rasa, ou seja, na ideia do filósofo John Locke de que a mente humana é uma folha em branco que deve ser preenchida durante a vida.
Em 1905 o psicólogo Alfred Binet publicou um teste de raciocínio verbal e matemático, com questões que testavam a memória e o potencial de resolver problemas de lógica. Esse teste foi aplicado a pedido do ministro de educação da França, para detectar quais crianças oriundas do interior teriam menos capacidade de enfrentar dificuldade na escola.
O objetivo era medir a capacidade de compreensão pura e simples dos indivíduos, deixando de lado o conhecimento prévio e abandonando a teoria de Locke. Pouco tempo depois desse experimento, foi criado um sistema de pontuação padrão, chamado Intelligenz-Quotient.
Dessa forma, a inteligência passou a ser algo considerado inato e passível de medição. O QI está diretamente ligado à constituição genética do indivíduo, os genes seriam as estruturas responsáveis por determinar quanta inteligência “cabe” no cérebro de cada um. Pensando assim, podemos afirmar que alguém com QI baixo e muita instrução pode estar no mesmo nível de inteligência de alguém com QI alto e nenhuma instrução, e vice versa.
Em termos práticos o QI é o resultado da razão entre a idade mental e a idade cronológica de alguém. A idade cronológica é a idade real, a idade mental é medida através de testes de lógica e raciocínio. Por exemplo, se alguém for capaz de resolver problemas que a média das crianças de 12 anos consegue resolver, terá a idade mental de uma criança de 12 anos. Se, de fato, a pessoa tiver 12 anos, seu QI será igual a 100 ( 12/12 X 100 = 100). Porém, se a criança tiver 9 anos, significa que seu QI é alto e que ela é muito adiantada para sua idade cronológica. Em média 50% das crianças apresentam QI entre 90 e 100. Apenas uma em cada duzentas tem um número superior a 140 ou menor que 60
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