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17 de setembro de 2012

Cresce a demanda por detectores de mentira na Índia

Empresas particulares oferecem serviço como solução rápida, fora do tribunal, em casos de infidelidade e roubo.


Cresce a procura, na Índia, por companhias particulares oferecendo testes para detectar mentiras. Entre os clientes dessas empresas estão, por exemplo, empregadores que desejam testar a honestidade de futuros empregados ou casais em desavença por suspeita de infidelidade.

Porém, o uso desse tipo de teste, sujeito a grandes margens de erro, preocupa profissionais que acusam empresas e indivíduos de estarem fazendo justiça com as próprias mãos. Deepti Puranaik, que trabalha para a companhia Helik Advisory, com sede em Mumbai, faz vários testes desse tipo por semana.

"Há casos de infidelidade, onde uma esposa suspeita de que seu marido a esteja traindo. Em outros casos, um roubo pode ter ocorrido e um empregador quer saber quem pode estar envolvido", explicou Puranaik.
"Muitas pessoas não querem ir à polícia porque é demorado e qualquer coisa que chega à polícia é tornada pública", diz Rukmani Krishnamurthy, presidente da Helik Advisory e ex-chefe de investigações do governo do Estado de Maharashtra. "Alguns clientes vêm até nós porque não querem que pessoas de fora saibam que houve um roubo específico em suas empresas".


Sem valor legal
O polígrafo foi inventado em 1917 pelo americano William Marston, que também criou a Mulher Maravilha, personagem de histórias em quadrinhos que mais tarde deu origem à série homônima para a TV.

A máquina vem sendo usada na Índia há vários anos, inclusive pela polícia. Mas em 2010 a Suprema Corte do país declarou inválidas quaisquer evidências obtidas com o uso da máquina.

O tribunal determinou que os testes infringem as liberdades pessoais do indivíduo. Como resultado, ninguém pode ser compulsoriamente submetido a eles durante uma investigação. Testes consensuais são permitidos, embora resultados obtidos só tenham valor como evidências de apoio. Não podem, sozinhas, ser a base de um veredicto de culpado.


Alguns profissionais, entre eles, advogados, acham preocupante que empresas particulares assumam esses papéis. Bharat Chugh, um advogado que trabalha para a Suprema Corte da Índia, disse que é essencial que o setor seja melhor regulado.

"Acho que é uma tendência perigosa", disse. "Empresas particulares estão nisso para ganhar dinheiro, elas não estão a serviço do sistema Judiciário". "As pessoas estão praticamente fazendo justiça com as próprias mãos, estão criando uma máquina paralela para resolver conflitos. Isso não é muito bom".
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Esse assunto é polêmico por que não tem Valor legal,nós já vemos essas máquinas em programas de TV sobre assuntos curiosos,mas queria lembrar que infidelidade e roubo na ìndia é crime hediondo e passível de pena de morte,então a máquina é usada por exemplo para mandar alguém para a  morte,é bem mais sério.Porém cada País ,cada um né?



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