Quem quiser tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) a partir de
agora terá de passar por cinco aulas em um simulador de direção
instalado nas autoescolas. A nova regra, que começou a valer na
quarta-feira, 1o de Janeiro
obter
a permissão para dirigir tinha de desembolsar, em média, R$ 1,2 mil,
segundo a Federação Nacional das Autoescolas (Feneauto). Com a
alteração, esse valor subirá em até R$ 250. Definida por resolução do
Conselho Nacional de Trânsito (Contran), a norma é válida apenas para a
categoria B (habilitação para automóvel).
As aulas, de 30 minutos cada, devem ser feitas obrigatoriamente
antes do início da parte prática. As atividades no simulador não
diminuem o número mínimo de aulas práticas exigidas: 20 aulas de 50 minutos.
As aulas simuladas também não têm caráter eliminatório. "O
Detran recebe um relatório com os resultados do aluno, mas não há uma
avaliação. A ideia do simulador é permitir que o estudante se
familiarize com situações de risco", diz Silvio Luiz de Oliveira, diretor de ensino da Autoescola Veja, uma das que já têm o equipamento.
A cada aula, o aluno vê o nível de dificuldade aumentar. A
simulação começa com conceitos básicos e vai incorporando situações de
adversidade, como trafegar
em vias de grande movimento, em pista escorregadia ou sob neblina
intensa."É bem parecido com a realidade, a estrutura é idêntica à do
carro. Acho que ajuda o aluno a ter mais noção antes de ir para o
trânsito real", diz a aluna Joyce Lemos, de 27 anos.
Para Dirceu Rodrigues Alves Júnior, diretor da Associação Brasileira
de Medicina de Tráfego (Abramet), a inclusão de aulas simuladas ajuda a
suprir uma carência na formação dos condutores. "Os cursos existentes
são insuficientes, porque só ensinam o que é necessário para a prova
prática. O aluno não tem contato com os riscos que vai encontrar no dia a
dia, e o simulador pode ajudar nisso."
Apesar de a regra já estar em vigor, muitas autoescolas e Detrans não
se prepararam para a mudança. "Algumas autoescolas não compraram as
máquinas achando que a lei não ia pegar, e muitos Detrans não adequaram
seus sistemas", diz Magnelson Carlos de Souza, presidente da Feneauto.
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Eu acho a iniciativa até válida tecnicamente,mas 20% é muito....o problema financeiro mais uma vez "cai no colo" do consumidor
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