Judoca número 1 do mundo na categoria meio-pesado se recupera de derrota na semifinal e garante terceira medalha do judô em Londres 2012
Foi com dor física e na alma. A recompensa, um bronze e um sorriso com brilho dourado. Na véspera de completar 21 anos, Mayra Aguiar ganhou seu presente por antecipação. Quase um repeteco da façanha de Felipe Kitadai, bronze no dia do aniversário. A gaúcha bateu a holandesa Marhinde Verkerk por ippon e faturou a terceira medalha do judô brasileiro nas Olimpíadas de Londres. Tudo isso após uma angustiante e incontestável derrota. Para a maior rival, a americana Kayla Harrison. Do choro contido ao sorriso. Do sorriso ao pódio.
Número 1 do mundo na categoria meio-pesado e favorita ao título olímpico, Mayra perdeu para Kayla na semifinal e viu o sonho do ouro ir embora. Levantou-se com o braço esquerdo machucado. Quase desistiu. Mas não havia tempo para lamentações. Precisava voltar ao tatame e tentar o bronze.
- Saí daquela luta contra a americana com agonia, com muita, mas muita vontade de chorar, uma coisa ruim dentro de mim. E ela ainda tinha estalado meu braço inteiro. Aí veio Aurélio Miguel falando "é outra competição. Não vai sair daqui sem nada". Depois o Leandro Guilheiro falou: "Levanta a cabeça, vamos levar essa medalha".
O choro parou ali. Mayra absorveu as palavras de Aurélio, ouro em 1988 e bronze em 1996, e de Leandro, bronze em 2004 e 2008. E se lembrou se tudo o que passou nos últimos quatro anos, desde aqueles Jogos de Pequim, quando, aos 17 anos, perdeu na primeira luta. A Londres, levou uma prata e um bronze em Mundiais. Levou para ali a liderança do ranking.
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